terça-feira, 31 de março de 2009

PAZ

Em determinada cidade foi realizado um concurso de pintura onde o tema era: “PAZ”. Os organizadores buscavam uma tela em que a verdadeira paz estivesse retratada.

Houveram muitas inscrições para o concurso. Artistas de toda região, e até de fora da região, se apresentaram a participar. E entre as telas apresentadas, a pintura vencedora, tornou-se alvo de grande polêmica. Isso porque nela estava retratado um enorme penhasco à beira mar e, ao mesmo tempo, mostrava tudo estava envolto por uma grande tempestade.

Do mar se levantavam ondas gigantescas, que batiam contra o rochedo de forma violenta; via-se o céu escuro, ameaçador e riscado por raios em todas as direções.

Os demais participantes não aceitavam a derrota. Afirmavam que aquilo não representava a paz. Mas alguém fez notar que naquele enorme penhasco havia, entre as fendas, um ninho de águia; e que ali, apesar de todo o caos instalado por conta da tempestade, havia uma águia e seu filhote na mais absoluta tranquilidade, segurança e PAZ. Portanto, afirmavam, o que estava ali retratado era a verdadeira paz; aquela que vem proporcionada pela segurança de que nada vai nos atingir, que estamos absolutamente protegidos e que todas as aflições são passageiras.

Creio que assim também é com cada um de nós, e com nossas vidas.

O mundo está envolto na mais tremenda tempestade. São as pressões cotidianas que muitas vezes ameaçam tirar nossa paz. A falta de dinheiro; as pressões no trabalho e medo da demissão; o trânsito que nos prende nas ruas das grandes metrópoles roubando parte do nosso descanso, ou do nosso lazer; é a incompreensão do outro em relação aos nossos problemas; tudo isso, e muito mais, parecem querer tirar a nossa paz.

São pessoas que, sem motivo aparente, tentam o mal contra nós. Pessoas que tentam “puxar nossos tapetes”. E que, apesar de estarmos dando o nosso melhor, querem nos difamar e tentam colocar obstáculos em nossa caminhada.

Esses são apenas alguns exemplos das terríveis tempestades que se abatem contra nós. Tempestades que tentam tirar nossa tranqüilidade, e que ameaçam a nossa alegria e roubam nossa paz.

Mas, a rigor, tudo isso ocorre porque colocamos nossas expectativas em coisas que, apesar de necessárias, não são fundamentais.
Jesus nos diz: “O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira? Pois não há nada que poderá pagar para ter de volta essa vida.” (Mt. 16:26 - NTLH).

É essa a realidade que devemos entender: nossa alegria, nossa tranqüilidade, nossa paz, não pode estar colocada em coisas efêmeras; em coisas que um dia deixarão de existir (e que por isso mesmo tendem a gerar preocupações, ameaçando tirar nossa alegria e nossa paz).

Devemos lembrar que o SENHOR nos diz que no mundo teremos aflições, mas manda termos bom ânimo, pois Ele venceu o mundo para nós (cf. Jo. 16:33). Ele venceu todas as dificuldades que levantavam para podermos possuir a vida eterna.

Para que tivéssemos vitória sobre a morte Ele se fez sacrifício e se deixou morrer, ou melhor, ressuscitou dos mortos. Ao mesmo tempo Ele prometeu estar conosco em todos os momentos, o que nos dá a mais perfeita segurança e proteção, pois Ele é fiel para cumprir tudo aquilo que prometeu. Não há paz maior que essa, a de estarmos seguros de que “se DEUS é por nós, quem será contra nós” (Rm. 8:31).

É lógico, porém, que nos entristecemos, afinal somos humanos. E estranho seria se não nos entristecêssemos, ou não nos magoássemos em alguns momentos. Mas acima de tudo devemos ter a certeza contínua de que “em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm. 8. 37- 39).

Naquele concurso, após as explicações, todos se tranqüilizaram e aceitaram o resultado, pois entenderam que de fato a verdadeira paz não está na tranqüilidade exterior, mas sim naquela que vem de dentro de nós. Nós também devemos entender que a nossa PAZ só é verdadeira porque o SENHOR nos dá proteção e sempre cuida de nós. Foi Ele quem disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo.” (Jo 14:27).

O mundo busca uma paz utópica; uma paz que nunca existirá, pois busca uma paz absoluta. Só que isso nunca vai existir enquanto houver egoísmo, inveja, arrogância, ganância e tantos outros males que afligem a alma do homem. Isso nunca vai existir porque o “mundo inteiro jaz no Maligno” (I Jo. 5:19).

Contudo nós, por termos a certeza da salvação, por termos a confiança que “o meu redentor vive” (Jó. 19:25), temos paz, a verdadeira paz. A paz que vem da certeza que tudo pode ser contrário, mas Jesus está conosco e está a nosso favor. A certeza que, mesmo na adversidade “tudo posso naquele que me fortalece” (Fp. 4.13).

quinta-feira, 5 de março de 2009

O SÍMBOLO DA CRUZ

O SÍMBOLO DA CRUZ




Quando eu era pequeno, sobre a cama de meus pais havia um crucifixo. E eu me lembro que logo após a morte de meu pai, alguém disse a minha mãe que não “prestava” ter uma cruz por cima da cama, no quarto de dormir.




Essa pessoa alegava que a cruz simbolizava o sofrimento e isso, por si só, deveria fazer com que minha mãe tirasse a cruz dali.




Essa pessoa defendia a estranha teoria que a cruz por sobre a cama teria o poder de trazer, sobre quem se deitasse na cama, todo o sofrimento de Cristo. Creio que de fato, ainda hoje, existam muitas pessoas que vejam na cruz o símbolo de sofrimento e de martírio intensos. E, ainda que não adotem a mesma teoria daquela pessoa, que existem muitas outras pessoas que, com certeza, crêem ser de “mau agouro carregar uma cruz no pescoço”.




Todavia, isso se deve ao fato de que para a grande maioria das pessoas, a cruz, representa sofrimento, tristeza, penar, pesar e, principalmente, morte.




Devo confessar que naquele tempo, com apenas nove anos de idade, fiquei muito impressionado e assustado. Hoje, porém, eu sei que a cruz é, na verdade, um símbolo de amor. Foi nela que Jesus sofreu por nossos pecados, por nossa causa Ele foi castigado (cf. Is. 53.5) carregou sobre si todos os nossos pecados e por seus ferimentos fomos curados (cf. I Pe. 2.24). Naquela época eu nem imaginava que a cruz, ao invés de ser símbolo de pesar deve representar motivo de jubilo e alegria; afinal, foi nela que Deus sacrificou Seu próprio Filho unigênito como oferta pelos nossos pecados, unicamente para que fossemos libertos da lei do pecado (cf. Rm. 8.2,3).




Naquele dia fiquei impressionado porque sob a cama de meus pais havia o símbolo de dor, sofrimento e morte. Hoje exulto no Deus da minha salvação porque foi através dessa cruz que fiquei livre para louvar e adorar o verdadeiro Deus. E mais do que isso hoje eu sei que a cruz é símbolo de vida.




Hoje eu aprendi que com esse ato, de sublime amor, Deus nos fez mais que vencedores e que nada poderá nos separar de seu amor (cf. Rm. 8.31-39). E que seu grande amor é demonstrado por seu ato de haver enviado seu Filho morrer por nós, sendo nós ainda pecadores (cf. Rm. 5.8).




Se há algum simbolismo de sofrimento na cruz não é para nós. Porque o verdadeiro símbolo que existe na cruz de Cristo é o do livramento, do amor, da alegria e da vida, DA VIDA ETERNA COM JESUS!!!!